III Sobre a Graça



Muitos dizem que prego apenas sobre a Graça e o Amor de Deus, negligenciando a ira e a justiça. Quem me conhece sabe que isso é uma inverdade, só não vejo a ira e a justiça de Deus como a maioria destes vêem. Concordo com Russel quando diz que a ira é um dedo da mão de amor do Senhor. E mais, foi o próprio Jesus que disse que tudo se resume ao Amor, e também disse a Paulo que a Graça nos basta. Porque faria eu diferente do Senhor?

Falo sobre a Graça, sobre o Amor, sobre a fé, sobre a reconciliação, porque essa é missão que a mim foi confiada. No início foi o Amor, no fim será o Amor, o que passar disso, não cabe a mim anunciar. Ensino sobre o Amor, ensino sobre Deus, porque Deus é Amor. Sei que todas as demais coisas são entendidas somente depois da percepção do Amor, assim só serão vítimas da ira aqueles que não enxergaram a reconciliação efetuada. Deus queira que aqueles que falam muito sobre a ira não venham buscar a Graça como suficiente somente quando a dor e a tragédia vierem visitá-los.

Ivo Fernandes
2006

Comentários

Adir Freitas disse…
Querido Ivo, também eu venho pensando sobre a ira de Deus como algo que é coerente com o seu autor. Se Deus é amor, parce-me óbvio que o que a mim me chega como ira é o mesmo amor que não pode ser contemplado pelo réu-pecador como algo bom vindo de Deus.

Mas poderia ser Deus mau, senão pelo meu critério moral e decáido da minha condição?

A condição do pecador - objeto da ira de Deus - é a do vampiro que não pode estar sob a luz do sol. O sol é bom e ilumina a todos - bos e maus - mas é o vampiro que só pode perceber a luz como castigo.

Um abraço,

Adir.
P.S.: veja um texto q escrevi no blog de itabaiana-se

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