Vou ali pescar


A história do capítulo 21 do Evangelho de João é muita rica pois começa com a cena dos discípulos reunidos junto ao mar de Tiberíades, após morte e ressurreição de Jesus, quando Pedro avisa que vai pescar, e os demais lhe acompanham.

A cena é rotineira mas naquele caso, trata-se de uma cena triste. Sente-se que os discípulos estavam num estado de espírito débil. Ora, tais discípulos tinham vivido experiências maravilhosas com Cristo e mais ainda haviam sido chamados para abandonar suas redes de pescas para se tornarem pescadores de homens. No entanto na ausência do Mestre toda energia dos primeiros dias havia desparecido.

E quando o espírito é esse não costumamos reconhecer o sinal do sagrado entre nós, como eles não reconheceram a presença de Jesus entre eles. Só quando sinais mais claros é dado é que o reconhecem. João, por muito amar, reconhecer primeiro. Pedro, ainda consumido pela vergonha e culpa de tê-lo negado, se esconde.

Porém o mestre está sempre preparado para nos recepcionar. Peixe na brasa e pão. E com ele nada vira desperdício. E o convite é sempre esse: Venham e comam! Pois ele como o pão do céu, é um alimento disponível a todos os homens.

E para cada um supre as necessidades de acordo com as carências, por isso se dirige a Pedro que precisa entender-se perdoado e de novo incluído. Oportunidades para reafirmar o amor, e mais que isso de restabelecer o convite para deixar as redes e voltar a ser pescador de homens.

Quando esse poder nos invade estamos prontos para tudo até mesmo para enfrentar a morte pois já sabemos que passamos da morte para a vida.

Enfim, em Cristo é sempre oportunidade para abandonarmos as redes da desesperança, da tristeza, da culpa e da vergonha para voltarmos a sermos pescadores de homens, promotores de graça e paz.

O convite tá feito: Vem e come!

Ivo Fernandes
31 de janeiro de 2015



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