O amor é como um sono

 


O amor é um mistério, é como as archés dos antigos gregos, cada um encontrou uma explicação que cabia em sua experiência. De tanto falarmos do amor, aprendemos a dividi-lo em categorias para buscar entendê-lo. Falamos de amor romântico, materno, fraterno, divino. Encontramos palavras para designar cada tipo de amor.

Platão, por meio do personagem Sócrates, foi quem nos trouxe a ideia do amor como busca do que falta. E o que nos falta? Eis a questão! Sobre a falta se debruçou Freud e todos os demais psicanalistas.

O amor nos poetas vai da graça ao sofrimento, da alegria ao lamento, da felicidade ao sofrer. E afinal o que é o amor?

O amor é como um sono do qual somos obrigados a acordar, mas ao qual estamos fadados a ele retornar para que possamos nos manter acordados.

Quem busca ter o amor o tempo todo não o suportará. Quem busca dele se livrar não conseguirá. O amor, seja lá de que tipo for, é a condição fundamental da existência, é a força que nos move. E todo movimento carrega a força dos opostos, por isso no amor está a falta e o encontro, o prazer e o desprazer, a alegria e a tristeza, o ser e o não ser.

Amar é se permitir viver com tudo que é próprio da existência. Se buscas apenas uma parte, se negas alguma coisa, então não sabe amar e nem amarás com potencialidade.

Quem sabe amar faz da falta energia para celebrar os encontros. Quem não sabe amar faz do mesmo poder que tira a beleza do momento, colocando-se sempre diante da ausência e dela reclamando.

Ame e isso basta!

Ivo Fernandes

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