Silas Malafaia e minha opinião a respeito
Faz tempo que não escrevo nada sobre o mundo
evangélico. De fato, já pacifiquei meu coração com a certeza de que não milito
pelas mesmas causas e nem compreendo o mundo da mesma forma que os militantes
desse movimento.
Conheço muitos evangélicos, gente boa de Deus,
e por respeito a eles abandonei certos temas que alguns insistem o tempo todo
em tratar. Deus é Senhor de todos os homens, também dos evangélicos.
Mas ontem acabei por assistir a entrevista do Silas
Malafaia (não tenho condições de chamá-lo de pastor em respeito aos pastores gente
boa de Deus do meu país) à Marília Gabriela, e o que vi foi um representante desse
movimento deixando claro o quanto se perderam no processo e se transformaram em
outra coisa que nem de longe se parece mais com o Evangelho de Jesus de Nazaré.
Tudo que ele defendeu é contra o bem, começando
pela teologia da prosperidade que é uma clara blasfêmia contra o Evangelho. E a
explicação do seu enriquecimento e de tantos outros líderes religiosos só
convence quem já perdeu completamente o senso crítico.
O que vi foi muita
mentira travestida de verdade. O que vi foi claro preconceito e ódio travestido
de defesa de ideais e da família. O que vi foi ignorância travestida de
inteligência.
Aí fico me perguntando
por onde anda o bom senso do povo que faz de homens como esse seus
referenciais? Que espécie de cegueira é essa que não vê o óbvio? Tudo que esse
homem disse é um afronta a sobriedade e a inteligência humana.
Apesar da entrevista não
ter sido bem conduzida, e acho que nem poderia com um homem que esbraveja o
tempo todo, foi na pessoa da entrevistadora onde algo do Evangelho mais se
manifestou. Desde sua clara revolta com as afirmações do suposto pastor, até
sua última afirmação, em que reconhece que o deus do Malafaia não é o deus da
maioria do povo de bem do nosso país, e pede que ele o perdoe.
Por várias vezes Marília
faz menção de serem heréticas as afirmações do religioso. Mas ele sem se
importar continuava a fazer uso das escrituras da maneira mais absurda
possível, como por exemplo, quando ele afirma a tal da lei da recompensa para
justificar o seu enriquecimento e sua pregação constante exigindo dinheiro dos
fiéis.
O deus deste senhor é o
dinheiro e só não vê quem não quer. Se fosse evangélico teria tido vergonha
naquela noite.
Minha esperança é que alguns ainda acordem do
sono da ignorância. Que alguns ainda voltem para o Evangelho, enquanto ainda é
possível. E aos que aplaudem este homem ou
concordam com o que ele advoga, eu só posso lamentar. Estão pisando o sangue da
nova aliança, e desfazendo da cruz de Cristo.
Que o bom Deus tenha
misericórdia de todos nós,
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