O ensino de Jesus sobre a ansiedade
Leitura:
Lucas 12:1-34
Eu
nunca fui alguém que possa ter sido considerado patologicamente ansioso, mas
sem dúvida fui extremamente mas ansioso que hoje, até porque minha ansiedade
atual se refere apenas a necessária para a correta condição da vida.
Porém
atendo muitas pessoas que sofrem de diversos tipos de ansiedade, das de origem
psicológica até as de natureza orgânico-essencial. A ansiedade
pode gerar neurose assim como também pode produzir uma mente paranoica, até o
desenvolvimento de Síndrome do Pânico,
Hipocondria, Depressão e os surtos de perseguição ou de angustia e medo de
morrer.
“Jesus quase não
falou de muitos temas que não saem de nossas conversas e preocupações, por
exemplo, o amor entre um homem e uma mulher não tem Nele um poema, uma fala, um
discurso. E acerca de sexo (outro campeão de audiência entre nós), Ele falou
quando forçado pelas circunstâncias ou em razão de questões de outros. Porém,
por Ele, espontaneamente, tais temas não foram propostos.”
O mesmo não se pode dizer da ansiedade.
A ela Jesus reserva significativo espaço nos seus ensinamentos. E por quê? Porque
ao contrário do que pensamos a ansiedade e seus distúrbios não são doenças
modernas, mas condições de uma natureza humana caída. É claro que se pode falar
de muitas causas secundárias quando se pensa em ansiedade. No entanto, Jesus
dedica espaço para esse tema em razão das causas essenciais.
Somos por natureza filhos do tempo, isso nos coloca no mundo hoje com um
olhar para o futuro. Somos dotados da capacidade de imaginar, de planejar e
portanto de esperar. Ora isso é uma potência criativa, porém o desvio dessas
capacidades nos levam a vários distúrbios entre elas a ansiedade, pois a
esperança frente ao caos do mundo foi se tornando contra nós, e aquilo que
poderia ser criativo foi se tornando paralisante. Desgraça em vez de graça,
desesperança em vez de esperança.
No ensino de Jesus sobre o tema fica claro que Ele diagnosticou como
causa uma deficiência de fé. Sim seja pela ausência dela, ou por uma perversão
da imagem de Deus. A incredulidade é mãe de muitos desesperos mas uma fé
pervertida mais ainda, pois da incredulidade pode-se se chegar a letargia da
alma, porém os pervetidos na fé produzirão toda espécie de esquizofrenia,
neurose e paranoia. E que tipo de fé pervertida é essa? Trata-se da fé que gera
no individuo em vez de pacificação ‘esperança’ nervosa em razão das negociações
com deus, sejam elas emocionais, morais ou financeiras.
Jesus nos ensina que a cura para a ansiedade está numa entrega total à
confiança no reino de Deus; ou no Deus que reina sobre a vida. Ora quem segue o
deus deste século não produz frutos de paz porque busca o mundo e seus
sucessos, mas Jesus nos ensina a buscar o Reino onde a ânsia de poder, que é o elemento mais ativo
na produção de nossa inquietação não existe. Daí sermos chamados a odiar o
mundo.
“A ansiedade
essencial é fruto da desconfiança básica de todo homem e a cura para esse mal é a
fé.”
Ora não confiar é além
de tudo presunção, pois quem pode acrescentar um dia a mais a sua vida? Foi
justamente quando abri mão da presunção e mergulhei no oceano divino que
comecei a viver sem ansiedade. Então, qual o meu segredo: Eu creio! E crer muda
tudo em nós.
A pergunta que Jesus fez
a muitos e nos faz hoje é a mesma: você crer?
Ivo
Fernandes
17 de agosto
de 2014
(As citações em itálico são de
Caio Fábio)
Comentários
Lembrei de quando o conheci e do quanto é bom saber que ainda posso ler você assim.
Eu amo você!
Cris... sua mana.