Ensaios de Eternidade
Muitos sabem de minha origem e
de como os ritos e cultos com forte expressão musical fizeram parte da minha
infância. Da umbanda ao pentecostalismo, várias expressões de fé me atravessaram,
mas o Senhor me escolheu, e eu escolhi a Ele. Minha fé sempre pertenceu a um só,
porém nunca me limitei, para com Ele me relacionar, a nenhum credo, nenhuma
forma, nenhum modelo, nada. O Deus que eu servia e sirvo é grande demais para
caber em qualquer coisa humana.
Na minha adolescência
mergulhei na parte racional da crença, consumi teologia e filosofia, mas em
nada elas alteraram minha fé. Passaram a ser integrantes de minha estrutura intelectual,
mas não substitui minha fé por doutrinas.
Hoje, em minha fase adulta, me
alegro por toda a caminhada até aqui, e sou grato por continuar apaixonado pelo
Caminho! Sou Dele e Ele é meu! E só! Não preciso provar isso a ninguém, nem a
mim mesmo. Por isso tudo que faço, o faço na liberdade e com plena consciência.
Os que me observam não
conseguem facilmente me classificar porque nunca fico em forma e nem fôrma
alguma, transito entre elas. Transito entre estilos, crenças, espaços, e minha
fé é única. Não confundo ela com coisa alguma.
Gosto de orar em locais silenciosos,
especialmente diante do mar. Aliás, o mar sempre foi meu símbolo predileto para
a Presença! Gosto de louvar, mas não tenho preferências, pois cada momento pede
um jeito. Porém, sinto sempre necessidade de alinhar em certos momentos todas
as coisas em adoração. Adorar a Deus com toda a força e o entendimento,
oferecendo a ele a completude do meu ser. Afinal, por que não daria a Deus
todas as coisas? Por que daria a outro o que não daria a Ele? Por isso meu
culto tem uma regra simples, não será menos do que qualquer outra manifestação.
Se canto em um bar com alegria, não será com menos alegria que cantarei ao
Senhor e sobre o Senhor. Se me emociono com a música instrumental, darei toda a
minha emoção em minha experiência de culto. Se dou minha atenção a discursos
elegantes, darei meu culto racional a Deus.
Então, aos que entendem que
existe um jeito apenas para prestar culto, sigam com o seu entendimento, mas
não queiram privar minha liberdade de me expressar em totalidade ao meu Senhor.
Não julgo a ninguém, só julgo a mim mesmo, e no meu juízo de mim, entendo que é
para ele meu coração, alma e entendimento.
Sou um pregador do Evangelho,
e só creio no Evangelho de Jesus! Minha fé é simples! O resto é apenas resto, e
lido com leveza com esse resto. Amo crescer em entendimento, e amo deixar minhas
emoções fluírem, sem exageros, sem desesperos, sem neuroses, sem histerias,
apenas entrega sincera de tudo.
Não entendeu o que escrevi?
caminha comigo, quem sabe assim entenda. Me ouça pregando, cantando, adorando,
sorrindo, brincando, errando, quem sabe assim me entenda um pouco mais.
Eu tenho uma comunidade de fé onde
você pode me conhecer. Eu tenho um instituto onde você pode me conhecer. Eu
adoro café e vinho, e gosto de convites, e você pode me convidar para nos conhecermos.
E eu faço o que chamo de ensaios de eternidade, reuniões com amigos, que junto
comigo adoram com toda leveza o nome Daquele que É.
Não é um ministério de música,
nem sequer projeto de minha comunidade, é algo meu que partilho. É um abrir da
casa e do coração para cantar, orar, sentir e viver. Sempre fiz isso, e vou
continuar fazendo.
Quer fazer parte? Vem e vê!
Ivo Fernandes
12 de
agosto de 2019
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